Oi!! Tudo bem? Hoje quero falar sobre uma dúvida que muitas famílias brasileiras têm ao viver no Japão: é melhor colocar nossos filhos em salas especiais dentro da escola comum, ou em uma escola especial?
Sim, aqui no Japão existem salas especiais para crianças com necessidades específicas tanto no shougakkou (ensino fundamental) quanto no chuugakkou (ensino médio 1).
E no koukou? Tem sala especial?
No koukou (ensino médio 2), não há salas especiais. A escolha é direta: ou a criança entra em um koukou normal, ou em um koukou especial.
Por isso, quando se pensa em um futuro educacional integrado ao sistema japonês, é importante considerar desde cedo quais são os objetivos da família e da criança.
Como funciona o boletim das salas especiais?
Algo que muitos pais descobrem só depois de um tempo (e às vezes tarde demais), é que os boletins das salas especiais são avaliados por texto, e não por notas numéricas.
Se o objetivo for ingressar em um koukou normal, a escola exigirá notas numéricas para análise. Sem isso, as chances diminuem.
Aqui em casa, estamos vivendo isso. Meus filhos estão em sala especial, e apesar do bom desempenho, a avaliação por texto não gera a média necessária para se candidatar ao ensino médio comum.
E quem está em sala normal?
Mesmo estando em sala regular, o desafio continua. Para entrar no koukou normal, a exigência mínima é uma média de 80 pontos — além de:
- Realizar uma prova escrita
- Participar de uma entrevista
- Esperar a resposta oficial da escola
Tudo isso precisa ser planejado com antecedência, especialmente se você quer abrir portas para o futuro escolar do seu filho ou filha aqui no Japão.
Por que estou escrevendo sobre isso?
Porque eu não sabia de nada disso até viver na prática. E me sinto na obrigação de compartilhar essa realidade com outros pais brasileiros.
A gente chega no Japão e vai descobrindo as coisas aos poucos. Mas quando se trata do futuro dos nossos filhos, informação é essencial.
Cresci em uma cultura completamente diferente, e por isso, muitas vezes, me sinto perdida — e até indignada. Mas também percebo o quanto tenho aprendido nesse caminho. Cada descoberta tem me feito refletir e adaptar, um passo por vez.
Na próxima postagem, vou contar o que me levou a pesquisar mais a fundo sobre esse assunto. Vamos seguir organizando essas informações em tópicos, para te ajudar de forma prática e objetiva.